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quarta-feira, 20 de junho de 2012

INFESTAÇÃO DA DENGUE NO RECIFE


Tecnologia é aliada em combate ao aumento dos casos de dengue em Recife
Monitoramento do mosquito transmissor é apontado como alternativa e reduz em até dez vezes os gastos com saúde pública.
Classificada entre os municípios com notificações mais altas de casos da dengue do país, a cidade de Recife enfrenta, em 2012, o aumento notório de infestação do mosquito Aedes aegypti na região. A preocupação com a dengue na cidade ressurgiu quando 608 casos foram confirmados somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano na cidade - o que significa um aumento de 319% em relação ao mesmo período do ano passado. As causas do aumento nas infestações estão ligadas às altas temperaturas, chuvas e introdução do vírus 4 no Estado. Nesse contexto, a busca por um método eficaz de combate ao mosquito se faz necessária como solução para um problema grave de saúde pública.

Diante desse cenário, algumas alternativas têm se mostrado eficazes no combate à dengue. Entre as opções encontradas para monitorar o mosquito, uma tecnologia que já foi adotada em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e mais de 50 municípios brasileiros, além de Cingapura, Havaí/EUA e Austrália merece destaque. Desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Ecovec, empresa mineira de biotecnologia responsável pela implantação da solução, o MI Dengue pode reduzir em 50% o impacto da epidemia de dengue e reduzir em até dez vezes os gastos com saúde pública pelos governos. Quase três milhões de pessoas já foram beneficiadas pela tecnologia.
 
MI Dengue

O MI Dengue consiste em um conjunto de ferramentas que monitora a população adulta do Aedes aegypti e a presença do vírus circulante da dengue. A partir de uma armadilha colocada em pontos estratégicos das cidades, o sistema consegue monitorar o índice de infestação em determinadas regiões e realizar análises de DNA/RNA nos insetos capturados, para saber se estão infectados e com qual sorotipo de dengue, antes do surgimento de uma epidemia. O sistema prevê também a utilização de telefones celulares para monitoramento domiciliar, em que é possível atualizar informações de campo em tempo real, formatadas em mapas de infestação e tabelas de incidência, tudo pela internet. Justamente pela agilidade no processamento dos dados, o MI Dengue garante, sobretudo, a rapidez na ação das autoridades governamentais, que é uma das principais queixas sobre as metodologias adotadas atualmente.

“Prevenção é a palavra de ordem quando o assunto é saúde e, no caso de epidemias de dengue, não é diferente. Os dados fornecidos pelo MI-Dengue permitem o direcionamento das ações dos órgãos públicos, tornando-as mais eficazes e menos onerosas”, destaca Luís Felipe Ferreira Barroso, diretor da Ecovec. Atualmente, o custo do MI-Dengue é de cerca de R$ 1,30 por habitante por ano. Segundo estudos preliminares, estima-se que, para cada R$ 1,00 investido em prevenção com a tecnologia, é gerada uma economia de cerca de R$ 11,00. A pesquisa apontou que a economia somada em 20 municípios analisados pode ultrapassar R$ 30 milhões, sendo 25% de ganho direto aos cofres do Estado e os 75% restantes para a sociedade (considerando o absenteísmo e a perda de produtividade em função da doença).

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