O trabalho de vistoria e avaliação das casas de Alagoinha, cidade do Agreste pernambucano, continua e mais casas foram interditadas. Até ontem, eram seis. A maioria (quatro) no sítio Carrapicho, uma no sítio Sete Baraúnas e uma na localidade de Alvérnio, todas na zona rural.
Casas, que apresentam rachaduras e outras graves avarias, ficarão fechadas até que sejam recuperadas com recursos que serão liberados pelo governo do estado.Foto:Juliana Leitão/DP/D.A Press
As seis famílias deixaram os imóveis e estão acomodadas em casas de parentes. O prefeito do município, Maurílio Almeida, garantiu que quem não tivesse onde ficar receberia auxílio-aluguel até que fosse finalizado o serviço de recuperação da residência. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Alagoinha, Paulo Campos, a medida é preventiva. Os seis imóveis, segundo ele, apresentam graves rachaduras e, aparentemente, apresentam riscos de desabamento. Uma equipe do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) é aguardada no município na próxima segunda-feira.
Campos, acredita que essas seis residências terão que ser totalmente reconstruídas. Mas a decisão final só será tomada após a avaliação do Itep. Mais de 30 casas já foram vistoriadas.Hoje uma equipe da Defesa Civil vai avaliar mais residências e um posto de saúde que, segundo moradores, teria apresentado rachaduras no piso e nas paredes. Os terremotos sentidos na cidade desde o último dia 3 expuseram a precária condição de moradia de muitos moradores, principalmente na zona rural. Em várias casas, as rachaduras surgiram antes mesmo dos tremores. Mas algumas, dizem os habitantes, foram agravadas ou causadas pelos terremotos. Na última quinta-feira, o governador Eduardo Campos garantiu a liberação de recursos emergencialmente para obras de reparos ou reconstrução de casas, com dinheiro do governo estadual.
Desde o último dia 3, foram registrados 65 abalos sísmicos na cidade, nenhum ontem. Depois de dias de medo, a população da cidade já está mais tranquila. Durante dois dias, especialistas em geologia, sismologia e o próprio governador reuniram os moradores do município e explicaram a situação. A previsão é de que pelo menos seis sismógrafos sejam instalados na cidade entre o final de março e o início do mês de abril. Ainda no Agreste, no município de São Caetano, outro tremor foi sentido ontem. O abalo ocorreu por volta das 7h30 e teve magnitude inferior a 1. E as estações sismológicas de Pernambuco registraram, ainda, quatro tremores no estado de Alagoas. Os tremores foram sentidos, pelo menos, em Rio Largo e Messias. O maior ocorreu na quinta, e teve magnitude de 2,3.
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