O SENADO
BRASILEIRO VOTA HOJE ‘‘PEC’’ QUE ATÉ A ‘‘ONU’’ CONDENA
A Proposta de Emenda Constitucional 55,
conhecida como PEC da Maldade, será votada nesta terça (13), em segundo turno,
pelo Senado. Essencialmente, a Proposta de Temer desmonta o Estado construído
na Constituição de 1988 e radicaliza o modelo de Nação indicado no documento
“Uma ponte para o futuro”, publicado em outubro de 2015, quando o vice, em
plena conspiração cotra Dilma, tentava se qualificar como confiável ao mercado.
As vítimas principais da PEC 55 são os
investimentos em Educação e Saúde, congelados por 20 anos. Esse ataque a dois
direitos humanos fundamentais gera reação de Centrais Sindicais e movimentos
sociais, em todo o País.
SP - Em
São Paulo, a CUT fará ato na Praça do Ciclista, esquina da Paulista com
Consolação. Manifestantes seguirão em caminhada até a Fiesp, avenida Paulista,
1.313. Para o presidente da CUT do Estado de São Paulo, Douglas Izzo, a
aprovação da PEC é um retrocesso e não resolve o problema da crise econômica no
País.
"O governo, ao mesmo tempo em que
corta recursos, mantém o juros altos e beneficia o capital financeiro. A
tendência é a recessão se agravar. E quem paga essa conta é o
trabalhador", denuncia.
Docentes e setores técnicos de
universidades estaduais, institutos e universidades federais de todo o País
também irão protestar contra a PEC.
Geovane Frizzo, diretor do Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), destaca
que haverá ato também em Brasília, embora com número menor de pessoas do que em
29 de novembro, quando a proposta foi votada em primeiro turno. "A ideia é
disseminar por todos os Estados as manifestações", explica.
Segundo o sindicalista, a aprovação da
PEC 55 atinge em cheio a categoria, que está em greve em mais de 30
instituições em todo o País. “Nossa greve não é corporativa. Estamos defendendo
a educação pública", afirma Geovane.
ONU - O
site da Organização das Nações Unidas publicou quinta (8) nota em que chama a
PEC 55 de "medida radical", que colocará "toda uma geração
futura em risco". O relator especial da ONU para extrema pobreza e
direitos humanos, Philip Alston, avalia que a proposta terá impacto “severo”
sobre os mais pobres.
“A Emenda bloqueará gastos em níveis
inadequados e rapidamente decrescentes na saúde, educação e segurança social;
portanto, colocando toda uma geração futura em risco de receber uma proteção
social muito abaixo dos níveis atuais”, diz o relator.
Auditora -
Segundo a economista Maria Lucia Fattorelli, auditora fiscal e coordenadora da
organização Auditoria Cidadã da Dívida, o objetivo da PEC 55 “é aumentar a
destinação de recursos para o sistema financeiro”. E denuncia: “Pra isso, ela
estabelece um teto para todas as despesas primárias por 20 anos; só para
despesas primárias”.
Fonte: Agência Sindical
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