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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

FRAUDE

MPPE INVESTIGA CONTRATOS DE EMPRESA DE EMPRESA DE FACHADA COM PREFEITURAS DO ESTADO
Investigada na Operação Terra Arrasada, a RU Veras possui R$ 36 milhões em contratos com municípios de Pernambuco. Empresa participou de esquema de fraudes em Ribeirão

A nova fase da Operação Terra Arrasada constatou que a empresa de fachada envolvida no crime que levou o prefeito de Ribeirão, Romeu Jacobina Figueiredo (PR), à prisão - a RU Veras - possui contratos que ultrapassam R$ 36 milhões com outras prefeituras do estado. Os convênios estão agora sob investigação do Ministério Público de Pernambuco para a detecção de possíveis fraudes. As informações foram divulgadas nesta segunda em coletiva de imprensa na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com apoio da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE).

"Quando abrimos o Portal da Transparência e colocamos o CNPJ da RU Veras, verificamos que durante o ano de 2016 essa empresa realizou contratos com outros municípios do estado. Então, se havia uma prática dessa empresa para armar um esquema criminoso na prefeitura de Ribeirão, as outras prefeituras e os outros contratos terão de ser investigados", explicou o procurador de Justiça Ricardo Lapenda. O MPPE não detalhou quais e nem quantos municípios estão sob investigação.

Durante a apuração no município de Ribeirão, o MPPE averiguou que a RU Veras, de propriedade do empresário Romero Urquiza Veras, possui CNPJ, mas é considerada "de fachada". "A sede da empresa é um escritório minúsculo, em uma galeria, e que não tem a mínima capacidade técnica para executar o serviço de coleta de lixo e de transporte público escolar", pontuou o procurador. Além de ter subcontratado "caçambeiros" para a executar as atividades estabelecidas junto à prefeitura, a empresa possui apenas oito ônibus e dois carros do tipo passeio para realizar as atividades acordadas via licitação.


A operação teve início com a investigação de fraudes envolvendo o prefeito de Ribeirão, Romeu Jacobina Figueiredo (PR), que permanece preso. O prejuízo ao erário do município, já divulgado anteriormente, foi avaliado em R milhões, em consequência da atuação criminosa do republicano, da RU Veras e dos demais envolvidos no caso.



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