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quinta-feira, 7 de julho de 2011

CASO BRUNO

Em um ano de prisão, goleiro Bruno vai da confiança na liberdade à frustração e às lágrimas

Preso há um ano na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o goleiro Bruno Souza apresentou nítida mudança de comportamento nos 12 meses em que está confinado por conta do sumiço da ex-namorada Eliza Samudio.

Capitão do Flamengo, um dos times de futebol mais populares do Brasil, Bruno se tornou protagonista de um rumoroso caso que envolveu orgia sexual, ameaças, tentativa de aborto, suspeita de assassinato e, mais recentemente, suposta cobrança de propina para liberá-lo da cadeia. O sumiço de Eliza gerou uma comoção nacional, com direito a ampla cobertura midiática.

Da confiança, perceptível nos primeiros dias de prisão, às lágrimas registradas na sua última aparição pública, foram 58 pedidos de habeas corpus feitos em favor do arqueiro, todos negados no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O jogador se entregou à polícia no Rio de Janeiro, no dia 7 de julho do ano passado, e foi transferido para o Departamento de Investigações de Minas Gerais, em Belo Horizonte, na noite do dia 8 de julho. Na chegada, um Bruno altivo foi recebido pelo delegado Edson Moreira, chefe do local. O jogador, de cabeça em pé, fitava a multidão, que o aguardava no local aos gritos de “assassino”, e mantinha um semblante sereno.

No mês passado, ao ser ouvido na comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre suposto caso de cobrança de propina para liberá-lo da cadeia, o jogador chorou sem motivo aparente, demonstrou amargura contra a ex-amante e buscou consolo nos braços da noiva, a dentista carioca Ingrid Oliveira, 26.

Autoconfiança

Um dos personagens dos caso, a quem se credita a “autoconfiança” demonstrada por Bruno nas aparições públicas feitas nos primeiros meses de prisão, foi o então advogado de defesa Ércio Quaresma.

Logo no início, Quaresma se mostrou um advogado sem papas na língua que desferia ácidos comentários e acusações aos delegados responsáveis pelo caso. Em um episódio, o advogado chegou a interromper aos gritos uma coletiva à imprensa, que era dada pelo delegado Edson Moreira, para questionar em qual data teria acesso ao inquérito. Quaresma se tornou personagem de programas televisivos e passou a chamar tanta atenção quanto o caso.

Em sua defesa prévia, encaminhada à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG) e responsável pelo caso, o advogado utilizou-se de apelidos para denominar os delegados que investigavam o sumiço de Eliza. Duas delegadas eram chamadas de “Paquita e Mega hair”, outros dois policiais foram chamados de “Galinho de Briga” e “Neandertal”. Em outro momento, Quaresma listou como uma das testemunhas a serem convocadas pela Justiça a própria Eliza Samudio.

No período em que foi defendido pelo advogado, eram frequentes os desmaios do goleiro em algumas sessões realizadas para ouvir testemunhas no processo. Durante a audição dos réus no processo, feita pela juíza Marixa Lopes, Quaresma dormiu e roncou durante o evento, sendo alertado pela magistrada. O advogado ainda foi acusado pela noiva de Bruno de ter ameaçado a ela e a familiares do goleiro para que ele não trocassem de defensor. Ele negou as denúncias.

O advogado saiu do caso após ter assumido ser viciado em crack e, na sequência, ter sido divulgado um vídeo no qual um homem com as características físicas dele apareceu consumindo a droga em uma favela de Belo Horizonte. Ele foi suspenso por 90 dias pela OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil-seção Minas Gerais), em novembro do ano passado.

Após a saída de Quaresma, o atual advogado do atleta é o paranaense Cláudio Dalledone.

Lágrimas

A última aparição do goleiro foi no mês passado durante audiência realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG) para ouvi-lo sobre denúncia de suposto esquema de extorsão envolvendo a juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte.

Na ocasião, Bruno foi às lágrimas. Demonstrando amargura, ele buscou denegrir a imagem de Eliza Samudio e afirmou que ela teria saído viva do sítio do goleiro, em Minas Gerais. O local foi apontado pelas investigações como cativeiro da moça.

Em dado momento, o goleiro foi colocado ao lado da noiva e passou a trocar carícias com ela. A moça tentou confortar o jogador. Ao final do depoimento, o jogador demonstrou confiança em que voltará a atuar como goleiro profissional.

Bruno e mais sete pessoas envolvidas no caso vão a júri popular ainda sem data definida.

Fonte de Informação:
Rayder Bragon

Especial para o UOL Notícias



























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