Impacto da crise nos municípios pernambucanos é tema de discussão
Dos 184 municípios pernambucanos, 104 estão infringindo a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
A informação foi dada pelo secretário executivo de Apoio aos Municípios
da Secretaria de Planejamento e Gestão, Flávio Figueiredo, nesta terça-feira
(12), durante o 3º Congresso Pernambucano de Municípios. Ele, que também é
presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco
(Condepe/Fidem), participou de uma mesa de debates onde se discutiu o
Legislativo e a Pauta Municipalista em 2016.
Segundo Flávio Figueiredo, a crise econômica que atinge o Brasil impacta
diretamente e de forma mais cruel nas finanças municipais. “Há problemas
antigos que vêm impossibilitando os municípios de cumprirem suas obrigações.
Primeiro, nos últimos 30 anos, houve uma distorção no Pacto Federativo. Hoje, apenas 33,51% do que é arrecadado pelo
Governo Federal é repartido entre estados e municípios. Em 1985, este número
chegou a ser 80%. Em contrapartida, as obrigações dos municípios aumentaram,
como na Saúde, na Educação, na Iluminação Pública e na questão dos resíduos sólidos”, explicou
Flávio.
A posição de Flávio foi corroborada por Eduardo Stranz, consultor do
Conselho Nacional de Municípios (CNM), participante da discussão. “Esse momento
de crise, é quando os municípios são mais demandados. Por exemplo, um pai tem
um filho na escola particular e deixa de ter condições de pagar pelo ensino do
filho. Consequentemente, ele matricula essa criança, dependendo de idade, na
rede municipal. Há, portanto, um incremento nos gastos das prefeituras”,
explica Eduardo.
De acordo com Flávio, a crise foi agravada a partir de 2014, com o
período eleitoral e os seus desdobramentos que paralisaram a Nação, como as
crises ética, política e institucional. “Até as medidas anticrise tomadas pelo
Governo Federal pioraram a situação dos municípios. O bloqueio de operações de
créditos, os cortes em 50% de emendas parlamentares e a queda de 53% dos
repasses são alguns dos exemplos”.
Apesar de todo este cenário negativo, Flávio mostrou que, ainda assim, o Governo do Estado vem apoiando a pauta municipalista. “Só o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), já possibilitou que mais de R$ 354 milhões fossem investidos por todos os municípios Pernambucanos. Há outras ações como o Escritório de Projetos e o ICMS Socioambiental. Pernambuco prova para o resto do Brasil que, com vontade política, é possível fazer uma distribuição mais justa dos recursos e tomar medidas anticrise que não prejudiquem os municípios”, finalizou Flávio.
Apesar de todo este cenário negativo, Flávio mostrou que, ainda assim, o Governo do Estado vem apoiando a pauta municipalista. “Só o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), já possibilitou que mais de R$ 354 milhões fossem investidos por todos os municípios Pernambucanos. Há outras ações como o Escritório de Projetos e o ICMS Socioambiental. Pernambuco prova para o resto do Brasil que, com vontade política, é possível fazer uma distribuição mais justa dos recursos e tomar medidas anticrise que não prejudiquem os municípios”, finalizou Flávio.
A mesa foi mediada por Joãozinho Tenório, prefeito de São Joaquim do
Monte, e contou com a participação de Josinaldo Barbosa, presidente da
União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), além de Flávio Figueiredo e Eduardo
Stranz.
Fonte: NÚCLEO INTEGRADO DE COMUNICAÇÃO - NICOM
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PERNAMBUCO
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