ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Nordeste
consome frutas e hortaliças abaixo do índice nacional
Para incentivar o aumento da
ingestão desses alimentos, Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos
Regionais Brasileiros com produtos típicos e dicas saudáveis da culinária
brasileira
O
consumo recomendado de frutas e hortaliças na região Nordeste está abaixo do
índice nacional (24,1%). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a
ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente.
Para estimular o consumo da alimentação saudável capaz de promover mais
qualidade vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças,
o Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros. A
publicação traz dicas de como cozinhar com mais saúde e pratos típicos de cada
região do país.
“A
diversidade culinária e variedade de frutas e hortaliças do Brasil possibilita
à população manter uma alimentação saudável. O livro Alimentos Regionais é um
marco importante no compromisso do governo brasileiro para priorizar a
alimentação segura e mais saudável, valorizando a cultura e os saberes das
práticas regionais”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Os dados
da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que nenhuma das capitais do
Nordeste estão entre as dez cidades que mais consomem frutas e hortaliças.
Aracaju (SE) e João Pessoa (PB), com 24%, são as localidades em que há maior
consumo da região. Já Fortaleza (CE) é a terceira com o pior índice em todo o
país. Na capital cearense, apenas 18% da população consome o indicado pela OMS
em cinco ou mais dias da semana.
Além de
frutas e hortaliças, o Vigitel traz ainda outros dados importantes sobre a
alimentação dos brasileiros. O estudo mostra que 29,4% da população ainda
consome carne com excesso de gordura. No Nordeste, apenas Maceió (AL) consome
mais carne com gordura que o índice nacional: 31,6%. Entre as dez cidades
com hábitos mais saudáveis nesse questionamento, seis são da região, sendo que
Salvador (21,1%) é a capital com o melhor percentual em relação ao restante do
país.
A
pesquisa apontou também que o brasileiro tem diminuído a ingestão de
refrigerante. O consumo desse produto diminuiu 20% nos últimos seis anos. No
entanto, mais de 20,8% da população faz uso de refrigerantes cinco vezes ou
mais na semana. O Nordeste lidera as seis primeiras posições do ranking das
capitais que menos tomam o produto: Natal (7%), Aracaju (12%), João Pessoa
(13%), Salvador (14%), Teresina (14%) e Maceió (15%).
Quando
se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o Vigitel mostrou que o
consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 66%. No
Nordeste, a maioria das cidades está com índice inferior ao do país.
Neste item, o maior percentual da região foi em Natal (76,4%). Já em São Luís,
apenas 42,7% consomem a leguminosa.
ALIMENTOS
REGIONAIS – Desenvolvido
como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em
novembro de 2014, o Alimentos Regionais Brasileiros pretende incentivar
especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. A publicação
faz parte da premissa principal do Guia Alimentar que é a de a base da
alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e
minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de recomendar que
sejam evitados os produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo,
salgadinhos de pacote e refrigerantes).
Além de
orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), o
Alimentos Regionais traz informações de como comer e preparar a refeição, uma
lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando
a diversidade cultural brasileira. A intenção é proporcionar a população o
conhecimento das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas,
tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes no país.
Para a
edição do livro, que revisa a versão de 2002, foram realizadas seis oficinas
culinárias, uma em cada região do país e duas na região Nordeste. O foco foi o
preparo de receitas culinárias contendo frutas, verduras e legumes disponíveis
nos locais e pratos tradicionais da cultura alimentar dessas regiões, nas quais
esses alimentos pudessem ser adicionados sem descaracterizar a comida. A versão
digital já está disponível no portal do Ministério da
Saúde.
Fonte: Agência Saúde
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