Ministério da Saúde amplia em 10% recurso para medicamentos
básicos
Valor passará de R$ 5,10 para R$ 5,58 por habitante e ampliará os
medicamentos ofertados à população. Isso foi possível devido à realocação de
recursos destinados à manutenção da rede própria.
O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (15/08), portaria
que altera o valor do repasse para a compra de medicamentos que fazem parte do
Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF). Com a mudança, Estados,
Distrito Federal e Municípios terão um incremento de 10% no valor total,
passando de R$ 5,10 para R$ 5,58 por habitante/ano, conforme população estimada
em 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento
no montante ampliará o quantitativo de medicamentos disponibilizados à
população.
A medida só foi possível após a realocação dos R$ 100 milhões que
eram destinados à manutenção da Rede Própria do Farmácia Popular. Grande parte
do recurso era pra custear serviços administrativos, que chegavam a 80% do
montante. A ampliação do repasse foi aprovada pela Comissão Intergestores
Tripartite (CIT), que reúne representantes dos estados, municípios e do governo
federal.
Acesse a PORTARIA Nº 2.001, DE 3 DE AGOSTO DE
2017
Com esse recurso, eram mantidas 367 unidades próprias, que
representam, apenas, 1% do total de unidades privadas credenciadas no “Aqui Tem
Farmácia Popular”. Agora, além das 4.481 cidades participantes, o recurso
também estará disponível para outros mil municípios, que estão fora do
programa. Estes municípios passarão a ter maior acesso a medicamentos e insumos
farmacêuticos que serão distribuídos nas mais de 41 mil unidades de saúde
espalhados por todo o país.
“A medida não ocasionará nenhum prejuízo ao usuário. Pelo
contrário, estamos ampliando o acesso e a oferta de medicamentos. Ou seja, não
estamos terminando com o Farmácia Popular e sim fortalecendo a rede
credenciada”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O ministro lembrou que os medicamentos exclusivos na farmácia de
rede própria representam menos de 7% da procura dos usuários. Ou seja, cerca de
93% dos usuários buscam medicamentos para hipertensão, diabetes e asma,
disponíveis na rede credenciada do Farmácia Popular. “Os demais estão
disponíveis, tanto nas unidades básicas quanto nas farmácias próprias das
prefeituras”, ressaltou o ministro.
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à
aquisição de medicamentos e insumos no âmbito da Atenção Básica à Saúde. A
responsabilidade pela aquisição dos medicamentos deste componente é tripartite,
ou seja, a União disponibiliza R$ 5,58 por habitante/ano, os estados, R$ 2,36 e
os municípios, R$ 2,36. Os estados, o Distrito Federal e os municípios são os
responsáveis pela seleção, aquisição, armazenamento, controle de estoque e
prazos de validade, além da distribuição e dispensação destes medicamentos.
FUNCIONAMENTO NORMAL - O programa Aqui tem
Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com farmácias privadas,
continua funcionando normalmente. Desde a sua criação, o programa já atendeu
mais de 43 milhões de brasileiros, o equivalente a cerca de 20% da população do
país. A iniciativa já está presente em 80% do país, ou seja, em 4.463
municípios, contando com 34.910 farmácias cadastradas – cerca de 50% das
existentes. Ao todo, são disponibilizados 42 produtos, sendo que 26 deles
gratuitamente e o restante com descontos que chegam a 90%.
Em média, por mês, o Programa beneficia em torno de 9,8 milhões de
pessoas, principalmente àquelas com 60 anos ou mais, que representam cinco
milhões do total. A maior parte dos pacientes atendidos (9 milhões) acessa
medicamentos de forma gratuita, sendo que os mais dispensados são para
tratamento de hipertensão (7,2 milhões), diabetes (3 milhões).
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