Ministério da Saúde esclarece procedimentos sobre a
vacina contra a dengue
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O Ministério da Saúde analisa, continuamente, as
diversas pesquisas, no Brasil e no mundo, que buscam desenvolver vacinas contra
a dengue, com o objetivo de conhecer seu estágio de desenvolvimento e as
possibilidades de uma futura incorporação no país.
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O Ministério da Saúde tem apoiado, de forma
decisiva, o fortalecimento dos produtores públicos nacionais de vacinas,
utilizando o poder das compras centralizadas para o SUS, como garantia de
processos de transferência de tecnologia e parcerias de desenvolvimento
produtivo desses produtores com laboratórios internacionais. Vale ressaltar que
essa política tem possibilitado aos laboratórios nacionais a produção de
vacinas como a de influenza, HiB, pneumocócica, rotavirus, tetraviral, HPV e
tantas outras. Como a prioridade absoluta é adquirir as vacinas dos produtores
nacionais, o Ministério só faz compra no mercado internacional quando esses
imunobiológicos não são produzidos no Brasil ou quando os laboratórios
nacionais enfrentam problemas em sua produção.
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Para a vacina contra a dengue, o Ministério
da Saúde tem acompanhado e apoiado os esforços de desenvolvimento realizados
pelo Instituto Butantan e por BioManguinhos, que atualmente encontram-se em
diferentes estágios.
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Ainda não há nenhuma vacina contra dengue licenciada
em qualquer país. A Anvisa recebeu, em 31 de março, o primeiro pedido, em
todo o mundo, de registro de uma vacina contra a dengue produzida pelo
laboratório Sanofi. Essa solicitação está sendo analisada, com todo o rigor
técnico que se exige para que uma vacina possa ser aplicada em população
humana, principalmente por se tratar de produto inédito.
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Se registro for concedido pela Anvisa, o produto
pode ser utilizado, entretanto isso não significa que sua introdução no Sistema
Único de Saúde.
Após o processo de registro, essa vacina, como
qualquer outro produto ou tecnologia, será avaliada pelos Comitês Técnicos
Assessores em Imunizações e em Dengue, do Ministério da Saúde, que reúnem
especialistas e sociedades científicas e, ainda, pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Nessa análise levam-se em conta
todas as evidências científicas disponíveis para estabelecer se a incorporação
é vantajosa do ponto de vista da saúde pública, analisando-se, além da
segurança e da eficácia, o custo-efetividade, o impacto epidemiológico
esperado, o protocolo e estratégia de utilização do produto e o impacto
orçamentário que será produzido. Esses parâmetros são utilizados em todos os
mecanismos de avaliação de incorporação de novas tecnologias que existem em
países desenvolvidos.
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A vacina contra a dengue que está em
desenvolvimento pelo Instituto Butantan ainda não completou todos os estudos
necessários para solicitar o registro do produto na Anvisa. Essa vacina
encontra-se em processo de finalização do ensaio clínico de fase 2, que deve
estar disponibilizado para análise no final de junho. Nessa etapa, busca-se
garantir a segurança da vacina para a população e avaliar a resposta dela ao
vírus.
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O Instituto Butantan solicitou à Anvisa, no dia 10
de abril, análise do processo de ensaio clínico de fase 3. Esse estudo, que
visa comprovar a segurança e eficácia do produto, tem sua realização
obrigatória para que se conceda, após sua conclusão, o registro da vacina. O
Ministério da Saúde solicitou à Anvisa prioridade na análise do processo da
fase 3. Após essa autorização, o Instituto Butantan poderá iniciar essa fase
final de estudo.
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O Ministério da Saúde tem se preparado para
estabelecer as estratégias de utilização de vacinas de dengue, quando estiverem
disponíveis. Com o apoio de uma rede de pesquisadores brasileiros, estão sendo
estudadas as prevalências de cada sorotipo da doença nas diversas regiões do
país, para estimar quais os grupos prioritários a serem vacinados. Esses
estudos, realizados em 63 cidades brasileiras, são pioneiros em escala
internacional e fornecerão uma base científica consistente para uma futura
utilização racional de vacinas contra a dengue.
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Mesmo com a possibilidade de contar, no futuro, com
uma vacina contra a dengue, o combate ao Aedes aegypti continuará como uma
prioridade de saúde pública, seja porque as vacinas poderão ter eficácia
limitada, seja porque outros vírus, como o Chikungunya e o Zika, também podem
ser transmitidos por esse mesmo mosquito.
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As ações de combate ao vetor que são realizadas
pelo poder público e pela sociedade são efetivas para reduzir a população de
mosquitos transmissores e evitar epidemias de dengue, quando são adotadas de
maneira permanente. Da mesma maneira, a boa preparação da rede de atenção à
saúde, com divulgação dos protocolos elaborados pelo Ministério da Saúde entre
os profissionais de postos, centros de saúde, UPAs e emergências públicas e
privadas, é capaz de evitar casos graves e mortes.
Fonte: Ministério da Saúde
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