Avião com corpo de Alencar deixa o Aeroporto de Congonhas na manhã desta quarta
O corpo do ex-vice-presidente, José Alencar, chegou por volta das 11h desta quarta-feira, 30, ao Palácio do Planalto, onde vai ser velado até a manhã da quinta-feira, 31. O caixão de Alencar foi carregado por militares pela rampa do Palácio do Planalto.
O corpo chegou a Brasília por volta das 10h10 em um avião da FAB, que partiu de Brasília. Em outro avião da FAB, chegou a família de Alencar. O presidente em exercício, Michel Temer, recebeu a família e o corpo do ex-vice presidente.
Acompanhado por batedores militaares, jeeps do exército e carros de combate, o caixão desfilou em carro aberto do Corpo de Bombeiros até o Palácio do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estavam em Portugal, devem chegar a Brasília somente no final da tarde desta quarta.
ALCKMIM DECRETA LUTO OFICIAL DE SETE DIAS NO ESTADO
Por: André Mascarenhas, do estadão
Em visita ao Hospital Sírio-Libanês na noite desta terça-feira, 29, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou luto oficial de sete dias no Estado, em razão da morte do ex-vice-presidente José Alencar. O Alckmin chegou acompanhado do ex-governador José Serra (PSDB). A esposa de Alencar, Mariza Gomes da Silva, já não estava mais no hospital no momento da vista.
Após conversar com familiares de Alencar, o governador destacou a atuação do ex-vice-presidente como político e empresário. “Ele foi exemplo de honradez, probidade e dedicação. Exemplo também de empreendedor, um dos maiores empresários brasileiros”, disse. Alckmin afirmou ainda que não deve ir a Brasília para acompanhar o velório, mas deve comparecer ao enterro, em Belo Horizonte, na quinta-feira, 31.
José Serra disse que conversou com Josué, um dos filhos de Alencar, e relembraram histórias da vida pública e pessoal do ex-vice-presidente. “Conheço o Alencar há muitos anos, fomos colegas no Senado. A política nos apontou para caminhos divergentes, mas era alguém por quem sempre guardei respeito”, afirmou. Serra já antecipou que não vai comparecer ao velório e ao enterro.
Minutos antes da visita de Alckmin e Serra, o vice-governador Guilherme Afif Domingos também visitou parentes do ex-vice-presidente no hospital. “Alencar sempre foi muito coerente em suas ideias e princípios”, disse.
CORPO DE ALENCAR SEGUIRÁ DA BASE AÉREA ATÉ CENTRO DE BRASÍLIA EM CARRO ABERTO
Por: Leonencio Nossa e André Mascarenhas
O cerimonial da Presidência da República acertou com a família de José Alencar que o corpo do ex-vice presidente será transportado em carro aberto do Corpo de Bombeiros pelo Eixão sul, uma das principais via da capital federal, da base aérea ao centro da cidade. O ex-vice terá dois velórios, um em Brasília, outro em Belo Horizonte.
O primeiro velório, no Palácio do Planalto, se estenderá até a manhã de quinta-feira, 31, quando o corpo será levado para Belo Horizonte. Na capital de Minas Gerais, o segundo velório acontece no Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual, das 8h30 às 13 horas.
O corpo de Alencar sairá de São Paulo para Brasília às 6h30 desta quarta-feira, em avião da Força Aérea Brasileira. A família de Alencar ficou reunida com a equipe de médicos no fim da noite desta terça. Ainda estão sendo discutidos detalhes do sepultamento e uma possível cremação do corpo do ex-vice-presidente.
José Alencar morreu na tarde desta terça-feira, às 14h41, em decorrência de câncer e falência de múltiplos órgão, segundo boletim do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ele estava internado. Desde esta segunda-feira, Alencar estava na Unidade de Terapia Intensiva , com um quadro de obstrução intestinal com perfuração abdominal e peritonite (infecção na membrana que protege a cavidade abdominal).
O ex-vice lutava contra o câncer havia mais de13 anos e já tinha passado por 17 cirurgias.
Bandeira do Brasil é colocada a meio mastro no Palácio do Planalto em Brasília. Andre Dusek/AE
''NÃO VAI SOBRAR HOMENAGEM'' BRINCOU ALENCAR EM 2008
O ex-vice-presidente José Alencar, morto nesta terça-feira, 29, era conhecido pelo senso de humor com que costumava tratar suas idas e vindas a hospitais. Em outubro de 2008, então presidente em exercício, Alencar brincou com as várias homenagens que já vinha recebendo e temia faltar assunto quando morresse.
“A única coisa com que eu ando meio preocupado é a seguinte: eu estou pelejando com esta doença, que é o câncer, e estou recebendo muitas homenagens. Estou achando que não vai sobrar homenagem para me prestarem depois de morto. Tem que deixar homenagem, porque assim não vai sobrar… Normalmente, espera morrer primeiro.” O trecho pode ser lido na íntegra aqui. O discurso foi realizado durante cerimônia de inauguração do Museu Virtual Têxtil e de Confecção, no Rio de Janeiro.
BOLSONARO DIZ QUE ERROU, MAS QUE NÃO QUER VOTO DE IGNORANTE
Por: Eduardo Bresciani, do Estadão.com.br
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta terça-feira, 29, que se equivocou ao responder a uma pergunta de Preta Gil no programa CQC sobre o que faria se seu filho de apaixonasse por uma mulher negra. No programa, Bolsonaro afirmou que não discutiria essa “promiscuidade”. Nesta tarde, o deputado disse que achou que a pergunta era se o seu filho namorasse uma pessoa do mesmo sexo. “Foi um mal entendido, eu errei. Como veio uma sucessão de perguntas eu não ouvi que era aquela pergunta, foi um equívoco. Eu entendi que a pergunta era se meu filho tivesse um relacionamento com gay, por isso respondi daquela forma. Na verdade, quando eu vi a cara da Preta Gil eu respondi sem prestar atenção”, disse ele.
Questionado sobre qual seria sua resposta sobre a pergunta feita pela cantora e apresentadora, o deputado não poupou Preta Gil de ataques: “Eu responderia que aceito meu filho ter relacionamento com qualquer mulher, menos com a Preta Gil”.
O deputado também reagiu quando foi perguntado se sua postura ofensiva contra os homossexuais não poderiam lhe tirar votos. “O dia que eu me preocupar com eleitor eu viro vaselina. Não quero me preocupar com um eleitor que quer que eu chame ele de bonitinho. Não quero voto de ignorante”.
Em meio a movimentação de alguns parlamentares para levá-lo ao Conselho de Ética, o próprio deputado decidiu protocolar um requerimento naquele colegiado pedindo para ser ouvido. “Não vou deixar ninguém aparecer em cima disso. Eu mesmo vou pedir pra me explicar lá”. O deputado afirmou que já foi processado no Conselho cerca de 20 vezes durante seus seis mandatos e que foi absolvido em todas as vezes.
VEJA O COMUNICADO OFICIAL DO HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS SOBRE A MORTE DE JOSÉ ALENCAR
CONSELHO DE ÉTICA NÃO PODE JULGAR JAQUELINE RORIZ, DIZ DEFESA
Por: Eduardo Bresciani, do estadão.com.br
O advogado José Eduardo Alckmin solicitou nesta terça-feira, 29, ao Conselho de Ética o arquivamento do processo contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) com o argumento de que o colegiado não tem poderes para julgar a parlamentar por fato ocorrido antes do mandato. Jaqueline foi flagrada em vídeo de 2006 recebendo um pacote de dinheiro do delator do “mensalão do DEM”, Durval Barbosa. A gravação foi publicada em primeira mão no início do mês pelo portal estadao.com.br.
Nas 19 páginas da peça entregues ao Conselho, a defesa de Jaqueline usa decisões anteriores para afirmar que o colegiado não pode puni-la pelo fato de 2006.
“A inusitada situação dos autos causa estranheza uma vez que não é possível imaginar que alguém que não esteja especificamente submetido ao Estatuto de Ética Parlamentar possa vir a responder processo ético perante o egrério Conselho. Ora, somente quem possui a condição de membro do poder Legislativo poderia eventualmente quebrar o decoro inerente ao exercício do mandato”, diz trecho da defesa.
O advogado relata decisão de 2007 do próprio Conselho de Ética, tomada com base em parecer do agora ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT-SP), que determinou o arquivamento de processos com base no argumento de que eles eram anteriores ao mandato. Alckmin destacou algumas investigações sobre fatos pretéritos autorizadas pelo Judiciário para destacar a diferença com o caso atual. O advogado cita casos em que o investigado foi parlamentar em legislatura anterior ou estava licenciado. Ele ressalta que sua cliente não se encaixa nestes quadros.
Alckmin assinou em nome de Jaqueline Roriz a notificação do processo e agora terá prazo de cinco sessões ordinárias para complementar a defesa. Ele pretende apresentar mais uma manifestação apenas sobre a acusação de que a deputada usou dinheiro da Câmara para pagar aluguel ou condomínio de imóvel de seu marido, Manoel Neto. Alckmin afirma que o pagamento foi legal.
Sobre o mérito da participação da sua cliente no “mensalão do DEM” ele não vê porque se manifestar porque acredita que o assunto será arquivado por ser anterior ao mandato. Ele afirmou que é preciso evitar o caso para evitar que se faça “violências” contra minorias no Congresso.
O relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP), vai ainda ler a defesa, mas reafirmou que pretende deixar a questão sobre o julgamento de fato pretérito apenas para o seu relatório final. Sampaio disse que pretende ouvir Durval Barbosa, Manoel Neto e delegados e procuradores envolvidos na investigação.
KASSAB DECRETA LUTO OFICIAL DE TRÊS DIAS NA CAPITAL SÃO PAULO
Por: André Mascarenhas, do estadão
Após visitar a família do ex-vice-presidente José Alecar, no Hospital Sírio Libanês, na tarde desta terça-feira, 29, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, informou que será decretado luto oficial de três dias na capital, a partir desta quarta-feira, 30. Kassab foi o primeiro político a comparecer ao hospital depois da confirmação da morte de Alencar.
“Ele era o co-piloto do presidente Lula. Ao longo das últimas semanas, José Alencar deu exemplo de amor à vida e de que tinha vontade de viver”, declarou. Kassab disse ter falado com a esposa de Alencar, Mariza Gomes da Silva, e com um dos filhos.
Ainda segundo o prefeito, o velório deve ser realizado em Brasília, nesta quarta, e o enterro está previsto para sexta-feira, 1º de abril, em Belo Horizonte.
DEFESA DE JAQUELINE RORIZ DIZ QUE O CONSELHO NÃO PODE JULGAR A DEPUTADA
Por: Eduardo Bresciani, do estadão
O advogado José Eduardo Alckmin solicitou nesta terça-feira ao Conselho de Ética o arquivamento do processo contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) com o argumento de que o colegiado não tem poderes para julgar a parlamentar por fato ocorrido antes do mandato. Jaqueline foi flagrada em vídeo de 2006 recebendo um pacote de dinheiro do delator do “mensalão do DEM”, Durval Barbosa. A gravação foi publicada em primeira mão no início do mês pelo portal estadão.com.br. Nas 19 páginas da peça entregues ao Conselho, a defesa de Jaqueline usa decisões anteriores para afirmar que o colegiado não pode puni-la pelo fato de 2006.
“A inusitada situação dos autos causa estranheza uma vez que não é possível imaginar que alguém que não esteja especificamente submetido ao Estatuto de Ética Parlamentar possa vir a responder processo ético perante o egrério Conselho. Ora, somente quem possui a condição de membro do poder Legislativo poderia eventualmente quebrar o decoro inerente ao exercício do mandato”, diz trecho da defesa.
O advogado relata decisão de 2007 do próprio Conselho de Ética, tomada com base em parecer do agora ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT-SP), que determinou o arquivamento de processos com base no argumento de que eles eram anteriores ao mandato. Alckmin destacou algumas investigações sobre fatos pretéritos autorizadas pelo Judiciário para destacar a diferença com o caso atual. O advogado cita casos em que o investigado foi parlamentar em legislatura anterior ou estava licenciado. Ele ressalta que sua cliente não se encaixa nestes quadros.
Alckmin assinou em nome de Jaqueline Roriz a notificação do processo e agora terá prazo de cinco sessões ordinárias para complementar a defesa. Ele pretende apresentar mais uma manifestação apenas sobre a acusação de que a deputada usou dinheiro da Câmara para pagar aluguel ou condomínio de imóvel de seu marido, Manoel Neto. Alckmin afirma que o pagamento foi legal.
Sobre o mérito da participação da sua cliente no “mensalão do DEM” ele não vê porque se manifestar porque acredita que o assunto será arquivado por ser anterior ao mandato. Ele afirmou que é preciso evitar o caso para evitar que se faça “violências” contra minorias no Congresso.
O relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP), vai ainda ler a defesa, mas reafirmou que pretende deixar a questão sobre o julgamento de fato pretérito apenas para o seu relatório final. Sampaio disse que pretende ouvir Durval Barbosa, Manoel Neto e delegados e procuradores envolvidos na investigação.