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PERNAMBUCO, METADE DOS ADOLESCENTES PRECISAM SE VACINAR CONTRA HPV E MENINGITE
O alerta é do Ministério da Saúde, que lançou
nova campanha publicitária para aumentar a cobertura vacinal no país.
Atualmente, em Pernambuco, 56% das meninas e 43,3% dos meninos foram imunizados
contra o HPV
O Ministério da Saúde está convocando
adolescentes de todo país para se vacinarem contra HPV (Papiloma Vírus Humano)
e meningite. A preocupação da Pasta é com as baixas coberturas vacinais em
todos os estados da federação. Em Pernambuco, desde a incorporação da vacina
HPV no Calendário Nacional, a cobertura com as duas doses é de 56% entre
meninas de 9 a 14 anos e 43,3%entre os meninos de 12 e 13 anos, com a primeira
dose. Devem se vacinar contra meningite os adolescentes de 12 e 13 anos.
Na nova Campanha Publicitária de Mobilização
e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra HPV e Meningites, o
Ministério da Saúde convoca 10 milhões de adolescentes de todo o país para
atualizarem suas cadernetas de vacinação. Deverão ser vacinadas contra o HPV,
meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Neste ano, o Ministério da
Saúde está ampliando a faixa etária da vacina meningite C, que agora passa a
ser 11 a 14 anos de idade. No ano passado, estavam sendo vacinados contra a
doença meninas e meninas de 12 a 13 anos.
“Esta campanha está completamente de acordo
com a mudança de foco que estamos implantando no Ministério da Saúde, que é
priorizar a prevenção. Estamos investindo na prevenção para evitar que as
pessoas fiquem doentes”, explicou o ministro Ricardo Barros.
A campanha publicitária será veiculada no
período de 13 a 30 de março e traz o slogan “Não perca a nova temporada de
Vacinação contra a meningite C e o HPV”, e utiliza a linguagem das séries
famosas de TV para aproximar dos adolescentes.
A coordenadora do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, lembra que as
vacinas contra o HPV e a meningocócica C fazem parte do calendário de rotina
disponível nas unidades do SUS. “É importante ressaltar que é uma campanha
informativa, de esclarecimento e não uma campanha de vacinas. É importante para
alertar sobre a necessidade da vacinação, esclarecendo o que é mito e boato, e
informações verdadeiras, baseadas em estudos científicos”, observou a coordenadora.
HPV – No Brasil, 4,9 milhões de meninas
procuraram as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para completar o esquema
com a segunda dose, totalizando 48,7% na faixa etária de 9 a 14 anos. Já com a
primeira dose, foram vacinadas 8 milhões de meninas nesta mesma faixa, o que
corresponde a 79,2%. Entre os meninos, 1,6 milhões foram vacinados com a
primeira dose, o que representa 43,8% do público alvo. A Pasta alerta que a
cobertura vacinal só está completa com as duas doses. Para este ano, foram adquiridas
14 milhões de doses da vacina contra HPV.
Segundo estudo realizado pelo projeto
POP-Brasil em 2017, a prevalência estimada do HPV no Brasil é de 54,3 %. O
estudo entrevistou 7.586 pessoas nas capitais do país. Os dados da pesquisa
mostram que 37,6 % dos participantes apresentaram HPV de alto risco para o
desenvolvimento de câncer.
O Brasil é o primeiro país da América do Sul
e o sétimo do mundo a oferecer a vacina HPV para meninos em programas nacionais
de imunizações. A vacina contra o HPV previne contra diversos tipos de
cânceres. No Brasil, são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por
ano e 5 mil óbitos de mulheres devido à doença. Mais de 90% dos casos de câncer
anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuíveis à infecção pelo HPV, principalmente
pelo subtipo 16.
MENINGOCÓCICA
C – Desde ano
passado, já foram vacinados 32% do público-alvo da campanha. Para este ano,
foram adquiridas 15 milhões de doses da vacina contra meninigite. O esquema
vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a
situação vacinal. A meta do Ministério
da Saúde é vacinar 80% do público-alvo da campanha. Além de proporcionar
proteção, a ampliação alcançará o efeito da imunidade de rebanho, ou seja, a
proteção indireta das pessoas não vacinadas.
VACINAÇÃO
NAS ESCOLAS – A participação das escolas é fundamental para reforçar a adesão
dos adolescentes à vacinação potencializando, desta forma, a imunização. Por
isso, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação tem promovido
a vacinação nas escolas, dentro do Programa Saúde na Escola. “Com a publicação
da portaria que incluiu a vacinação no Programa Saúde na Escola, agora temos os
marcos legais e a garantia institucional para levar a prevenção e à saúde às
escolas brasileiras. Nesta campanha, vamos pedir ao MEC que solicite às escolas
o envio ao Ministério da Saúde da programação de vacinação em cada unidade
escolar”, explicou o ministro.
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