Governo de Pernambuco avalia implantar lockdown após queda do
índice de isolamento
Para desafogar bancos, 26 escolas estaduais e Centro de Convenções serão
central de informação sobre Auxílio Emergencia
Na semana passada, o índice de isolamento
no Recife foi de apenas 47% - Tereza Vaz
Com
o crescimento rápido de casos confirmados e de
mortes por coronavírus somados à ocupação de 98% dos leitos
de UTI, o governo de Pernambuco anunciou, nessa segunda-feira (4), que vem
analisando medidas de endurecimento do isolamento social.
A
primeira medida seria acabar com a aglomeração em locais como bancos, em
especial na Caixa Econômica Federal, que tem registrado filas extensas por conta
do recebimento do Auxílio Emergencial, o que aumenta o risco de
contaminação para a população que já vive em vulnerabilidade social. Já o
segundo seria organizar o lockdown, como é chamado o
endurecimento das medidas de isolamento.
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afetado por covid-19 ::
Caso
adote o lockdown, o governo passará a
proibir a entrada e saída de pessoas da cidade; realizar a interdição de vias
dentro das cidades, para evitar o deslocamento e proliferação do vírus;
intensificar o monitoramento das pessoas que estão nas ruas; monitorar a
temperatura corporal para entrar em estabelecimentos; e estabelecer limite de
saídas de casa, mesmo para comprar alimentos ou medicamentos. A medida foi
implantada na China e em vários países da Europa, a exemplo de Itália e
Espanha.
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coronavírus ::
Há poucas semanas,
Pernambuco era o segundo estado do país com maior índice de isolamento,
calculado em 50,6%, chegando, em alguns dias, a 60% de confinamento. No
entanto, os números começam a cair, de acordo com a empresa In Loco. Na semana
passada, por exemplo, o índice de isolamento era de 47%. Mesmo no cenário das semanas
anteriores, o percentual ainda estava abaixo do considerado mínimo ideal pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 70%.
Medidas alternativas
A possibilidade que
vem sendo estudada pelo governo estadual é menos rígida, mas ainda assim
efetiva. Considerando a situação social e econômica do estado, medidas como a
restrição de veículos particulares e transporte público e barricadas para
diminuir a circulação entre regiões podem ser adotadas. Uma proposta já foi
enviada para a Assembleia Legislativa e um ofício para o Comando Militar do
Nordeste e para o Ministério da Saúde também foi enviado, solicitando o apoio
das duas instituições para implantar as medidas restritivas.
Auxílio Emergencial
As filas em torno
das agências da Caixa Econômica Federal para sacar o Auxílio Emergencial e
tirar dúvidas sobre o benefício tem se tornado uma preocupação no estado. Por
isso, Paulo Câmara anunciou ontem (04), que 26 escolas da rede estadual e o
Centro de Convenções serão disponibilizados para funcionarem como centrais de
informações sobre o Auxílio Emergencial. Para o governador “A iniciativa vai
permitir que grande parte das pessoas que estão se aglomerando nas filas possam
ser atendidas pelas equipes da própria Caixa com melhor estrutura e seguindo
todas as medidas recomendadas para autoridades sanitárias”. Além disso, o
governo sugeriu à Federação Brasileira de Bancos, que os saques possam ser
realizados em outros bancos públicos e privados.
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Hospitais de Campanha
Nesta terça-feira
(5) começou a funcionar no Recife mais um hospital de campanha. O hospital
provisório Recife 3 é o sétimo construído pela prefeitura para lidar unicamente
com casos de coronavírus. Ao total, são 107 leitos, sendo 27 de enfermarias e
80 de unidade de terapia intensiva (UTI), sendo que desses, 20 já estão equipados
com respiradores e podem receber pacientes. Cerca de 600 profissionais foram
contratados para trabalhar no local, que é o último dos sete hospitais
provisórios feitos com recursos da prefeitura. Em todo o estado, a estimativa é
criar cerca de 15 unidades temporárias nas cidades de Paulista, Olinda, Cabo de
Santo Agostinho, Toritama, Serra Talhada e Petrolina.
Fonte: BdF
Pernambuco
Edição:
Monyse Ravena e Camila Maciel
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