NOVO ESTUDO APONTA EXISTÊNCIA DE
MINÉRIOS PODEROSOS EM BUÍQUE
Região
nos arredores da cidade de Buíque, no Agreste pernambucano, é rica em minerais
metálicos ainda inexploráveis na localidade, sobretudo o tório
Todos os dias novas descobertas são realizadas
nos mais diversos campos. Estudos também podem auxiliar no desenvolvimento de
novos negócios, principalmente no Agreste e Sertão, regiões que sofrem com
prolongadas estiagens. Um mapeamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) pode trazer mudanças para a região de Buíque, no Agreste pernambucano.
Hoje, o local é predominantemente dependente da agropecuária, mas o
levantamento aponta que é promissor para depósitos de minerais metálicos.
No estudo, os técnicos e geólogos envolvidos
no mapeamento cadastraram 41 ocorrências consideradas inéditas. Entre os
pontos, há importantes anomalias de terras raras, enriquecidos notadamente em
tório, matéria-prima de grande relevância econômica e estratégica, cuja
produção mundial hoje concentra-se 97% na China. Entre outras aplicações, é
usado na produção de energia nuclear em algumas usinas.
A chamada Folha Buíque, como está sendo
tratado o trecho que abrange os municípios de Itaíba, Tupanatinga e Buíque e as
vilas Carneiro, Catimbau, Cabo do Campo, Jirau, Salgadinho, Tanque, São
Domingos e Negras, apresenta um quadro que se mostra promissor quanto à
existência de depósitos de minerais metálicos. Ao todo, foram registradas 41
ocorrências consideradas inéditas.
“A área situada na mesorregião do Agreste
pernambucano é o semiárido, com economia fundamentada na agropecuária,
atividade que registra baixo rendimentos e são vulneráveis na seca. Esses
estudos, se aprofundados por empresas interessadas em explorar a região, podem
contribuir para o desenvolvimento de novas atividades. A ampliação do período
geológico na região abre perspectivas de novas explorações minerais”, afirma a
geóloga do Serviço Geológico Brasileiro, Maria Angélica Batista.
O relatório desenvolvido pelo órgão aponta
ainda a existência de um arenito amarelo amarronzado, no qual foram encontradas
anomalias radioativas que podem indicar uma associação com mineralização de
urânio. “A ampliação do conhecimento geológico na região como um todo abre
perspectivas de novas explorações minerais e norteia a exploração dos itens
reportados”, pontua a geóloga Maria Angélica.
O órgão também realizou estudos na Bacia do
Araripe, que representa 95% do mercado nacional de gipsita, matéria-prima
utilizada na fabricação de gesso no país. “Nesse caso, nosso objetivo foi
avaliar a presença de outras substâncias minerais que pudessem agregar valores
a cadeia produtiva e a exploração de gipsita. Encontramos zonas com presenças
de minerais importantes que podem contribuir para os produtores da região”, pontua
o geólogo Geyssom Lages.
Na região do Araripe, o estudo foi realizado
entre os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. Por lá, foi identificada a
presença de substâncias minerais importantes como, por exemplo, a ocorrência do
mineral celestita (sulfato de estrôncio) e sulfetos de Zn (zinco), Pb (chumbo)
e Cu (cobre).
“O nosso estudo apontou, entre outros pontos,
duas zonas anômalas de estrôncio, uma localizada na parte norte-nordeste da
bacia, nas proximidades da cidade de Santana do Cariri, onde já existe um
registro conhecido de celetista, e a outra, inédita, localizada sobre os
depósitos de gipsita em exploração, na parte sul da bacia. São pontos que podem
despertar o interesse de empresas realizarem estudo mais profundos”, pontua
Geyssom Lages.
Fonte: Diário de Pernambuco
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