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quinta-feira, 7 de abril de 2011

TRAGÉDIA NO RIO DE JANEIRO


Em carta, atirador de Realengo deixa instruções de enterro; corpos estão no IML


A Polícia Militar informou na manhã desta quinta-feira, 7, que o atirador que invadiu uma escola em Realengo, zona oeste do Rio, e matou mais de dez alunos, deixou uma carta que dá a ideia de premeditação do crime. De acordo com o porta-voz da corporação, tenente-coronel Ibis Pereira, o documento está confuso e foi recolhido para ser usado como prova nas investigações do crime.

"Ele deixou uma carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina", falou Pereira em entrevista à rádio Estadão ESPN. Em um dos trechos do documento, com alto teor de fanatismo religioso, o atirador diz ser portador do vírus HIV e que via "impureza nas crianças", segundo o porta-voz da PM.
Oliveira invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira durante o horário de aula fingindo ser um palestrante. Quando questionado, começou a atirar contra os alunos que estavam no colégio, mirando contra a cabeça das vítimas. De acordo com Pereira, o atirador estava com dois revólveres - um calibre 321 e um 38 - com acelerador de disparos e muita munição. Mais de 100 projeteis não deflagrados foram apreendidos.

Baseado no conteúdo da carta, o porta-voz da PM disse que Oliveira tinha um desvio de personalidade. "Ele era um fanático religioso, um quadro de demência religiosa. Ele via nas crianças algo impuro. Só um desvio de personalidade explica um comportamento sociopata dessa natureza. Um ato de estupidez", afirmou Pereira.

Um psicanalista ouvido pela rádio Estadão ESPN afirmou, com base nos dados divulgados pela imprensa sobre o conteúdo da carta, que o atirador tem um perfil de psicose. Segundo ele, a doença faz com que a pessoa viva num mundo próprio e não saiba diferenciar o que é real e fantasia, preferindo sempre optar pela visão de loucura.

Ameaça. Informações ainda não confirmadas dão conta de que Oliveira teria ido à escola há dois dias e ameaçado os diretores do colégio.

Na carta divulgada pela Polícia Civil, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou ao menos 11 crianças numa escola municipal em Realengo, na zona oeste do Rio, parece já saber que seu destino é a morte. Num trecho, ele deixa instruções sobre quem pode mexer em seu corpo e como ele deverá ser enterrado, além de pedir que orem por ele e que sua casa seja doada para alguma instituição que cuide de animais abandonados. Os corpos já foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) da cidade.
Esta é a carta que foi encontrada com o assacino que se suicidou antes de chegar ao terceiro andar da instituição de ensino.

CLIC NA IMAGEM E VISUALIZE EM TAMANHO MAIOR PARA LER NA ÍNTEGRA:

Os corpos de nove vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira e do atirador já estão no no IML. Mais dois corpos devem chegar nas próximas horas. A informação é do diretor de polícia técnica científica do Estado, Sérgio da Costa Henrique. As famílias de algumas das vítimas já chegaram ao local para fazer oreconhecimento dos corpos e a expectativa é de todos sejam liberados até o final do dia.

Segundo Henrique, a maioria dos disparos foi feito no tórax e na cabeça. Mas também houve disparos à queima roupa. "É um trabalho complicado, pois é difícil para pais e mães perderam crianças que estavam no seu auge, estudando". O diretor acrescentou que toda a equipe do IML foi reforçada para agilizar o reconhecimento. "Primeiro fazemos as fotos dos corpos para agilizar mas depois da necropsia as famílias vão reconhecer os corpos diretamente."

Abalada, Ana Paula Sampaio de Oliveira, tia de Karine, de 14 anos, uma das vítimas, contou que ficou sabendo do ataque pelo irmão. Segundo ela, a família tentou ligar para o celular da menina, que estava na oitava série e morava com a avó, mas as ligações não eram atendidas. Ela disse ainda que mais tarde um colega encontrou o aparelho e contou que a menina havia deixado cair ao morrer. "Karine começou a fazer atletismo há pouco tempo na escola militar de Sulacap. Estava muito feliz e agora aconteceu isso."
Acompanhe no infográfioco neste link:


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