Desabrigados do Morro do Borel fazem manifestação em Ciep no Rio
Escola foi trancada para impedir entrada; famílias pedem a presença de autoridades e providências sobre a situação em que se encontram
SÃO PAULO - Cerca de 150 pessoas, membros das 49 famílias que estão abrigadas no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) do Morro do Borel, na Tijuca, no Rio, iniciaram na manhã desta quarta-feira, 14, uma manifestação para pedir a presença de representantes do poder público.
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Os desabrigados, segundo informações da agente de saúde Renata Jardim, funcionária do Posto de Saúde localizado ao lado do Ciep, se reuniram no estacionamento da escola por volta das 6 horas e começaram um panelaço. Além disso, ele trancaram as entradas da escola, impedindo a entrada dos funcionários do Ciep.
De acordo com Renato, os manifestantes exibem cartazes e se dizem esquecidos pela prefeitura. Eles reivindicam a presença de alguma autoridade para tomar providências sobre a situação em que se encontram.
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Terremoto na China deixa 617 mortos
Equipes de resgate lutavam ontem contra a altitude, a dificuldade de acesso e o frio para tentar salvar vítimas soterradas pelo terremoto de 7,1 graus na escala Richter que atingiu a Província de Qinghai, no noroeste da China, e deixou pelo menos 617 mortos e 10 mil feridos.
O epicentro do tremor localizou-se na cidade de Yushu, próxima da fronteira com o Tibete, que fica a 4.000 metros de altitude e a 800 quilômetros da capital da província, Xining. Quase todos os habitantes do local são tibetanos, que vivem em casas típicas de barro e madeira. As construções são frágeis e cederam facilmente ao terremoto, o que explica o alto número de feridos.
Segundo a agência oficial de notícias Nova China, 85% das casas e 70% das escolas de Yushu foram destruídas pelo tremor, que ocorreu às 7h49 locais de ontem (noite de terça-feira em Brasília). Em uma das escolas havia entre 30 e 40 pessoas soterradas, que equipes de resgate tentavam com dificuldade retirar dos escombros.
"Nós temos de usar principalmente nossas mãos para tirar os escombros, já que não temos grandes máquinas escavadeiras", disse um policial da equipe de resgate chamado Shi Huajie. O terremoto também derrubou templos, provocou deslizamentos de terra, interrompeu estradas e afetou o fornecimento de energia. A operação de resgate foi comprometida por 18 tremores secundários que ocorreram ao longo do dia, o mais forte dos quais atingiu 6,3 graus na escala Richter.
O número de mortos pode subir em razão do grande número de pessoas ainda soterradas sob os escombros de casas, escolas, lojas e templos. Até a noite de ontem, 40 corpos haviam sido retirados de locais que desabaram.
"Vejo pessoas feridas em todos os lugares. O maior problema agora é que nós temos falta de tendas, equipamento médico, remédios e médicos", afirmou um funcionário da prefeitura de Yushu. "As ruas estão tomadas por pessoas em pânico e feridas, muitas das quais sangrando na cabeça", acrescentou.
Os hospitais da região eram incapazes de atender à demanda de milhares de feridos que precisavam de socorro. Na noite de ontem, 3.600 feridos estavam recebendo tratamento, de acordo com as autoridades locais. A organização Médicos Sem Fronteiras anunciou o envio de três médicos para avaliar a situação em Yushu, mas eles só conseguirão chegar ao local no sábado.
Dificuldades. Os que sobreviveram enfrentaram o drama de passar a noite desabrigados, com temperaturas abaixo de zero e vento intenso. O governo despachou para o local 10 mil tendas e 100 mil cobertores e casacos, quantidade insuficiente para atender todos os que perderam suas casas.
Durante o dia de ontem, 700 soldados participavam das operações de resgate, enquanto outros 4.600 estavam a caminho da região. Além de buscar sobreviventes, eles tinham de reparar a estrada que serve o aeroporto local e abrir caminho para a chegada de socorro. O vice-primeiro-ministro Hui Liangyu chegou a Yushu na noite de ontem para coordenar os trabalhos.
A Província de Qinghai é vizinha à de Sichuan, onde há quase dois anos um terremoto de 8 graus provocou a morte de 87 mil pessoas, das quais pelo menos 5.300 eram alunos que estavam nas escolas no momento do tremor. "Nossa prioridade é salvar os estudantes. Escolas sempre são lugares onde há muitas pessoas", afirmou Kang Zifu, militar que participa das operações de resgate.
Cronologia
Os piores abalos do país
23 de maio de 1927
Gansu
Tremor de 8 graus na Província de Gansu deixa 41 mil mortos
11 de maio de 1974
Sichuan e Yunnan
Mais de 10 mil pessoas morrem nas Províncias de Sichuan e Yunnan em terremoto de 7,1 graus
28 de julho de 1976
Tangshan
Terremoto de 7,8 graus é registrado na cidade de Tangshan, 200 quilômetros ao leste de Pequim, deixando pelo menos 242 mil mortos e 164 mil feridos
12 de maio de 2008
Sichuan
Pelo menos 87 mil pessoas morrem após tremor de 8 graus na Província de Sichuan, entre elas, várias crianças. Cerca de 4 milhões de pessoas ficam feridas
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Casal brasileiro acusado de homicídio chega dos EUA
SOLANGE SPIGLIATTI - Agência Estado
Chegou hoje ao Rio de Janeiro, vindo dos Estados Unidos, o casal de brasileiros acusado de matar em janeiro de 2003, em Minas Gerais, o amante da esposa. Eles foram denunciados pelo Ministério Público (MP) em 17 de novembro de 2008 por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com pena máxima de 33 anos de reclusão. Eles foram localizados por meio da Interpol (a polícia internacional). O casal desembarcou escoltado por policiais norte-americanos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, o casal, de Teófilo Otoni, possuía em seu sítio uma floricultura e, por causa do trabalho, o marido viajava constantemente. A esposa iniciou relacionamento amoroso com outro homem, e o romance tornou-se público.
Para se livrar do amante, no dia 6 de janeiro a vítima foi atraída para a casa do casal. Ele acabou assassinado com seis tiros nas costas. O amante foi enterrado em uma cova rasa dentro da propriedade. O casal, então, fugiu para os Estados Unidos após vender o imóvel. Em janeiro deste ano, surgiram os primeiros indícios de que os dois estariam na cidade de Newark, em Nova Jersey, e já em março os dois foram detidos pela polícia norte-americana.
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Brasileiro da 'F-1 aérea' se acidenta e vai a hospital
AE-AP - Agência Estado
O piloto brasileiro Adilson Klindemann, primeiro sul-americano a competir na Red Bull Air Race, categoria de aviação considerada a "Fórmula 1 Aérea", sofreu um acidente nesta quinta-feira durante um treino para a etapa de Perth da competição, na Austrália. O avião que ele pilotava caiu na água do Rio Swan.
Um comunicado divulgado pelo site oficial da corrida disputada na Austrália informou que Kindlemann sofreu ferimentos leves e estava em boas condições no hospital em que foi internado após o acidente, depois de ser resgatado de forma rápida no local da queda.
O piloto brasileiro, por sua vez, garantiu não saber o que causou o acidente. "Foi tudo muito rápido. Terei de ver o vídeo para entender o que aconteceu", disse Klindermann, que mostrou bom humor ao comentar a possibilidade de retornar a competir em breve. "Claro que quero voltar logo a voar. E desta vez espero ficar no ar, e não na água", reforçou o piloto, ao site oficial do evento.
O chefe executivo da categoria, Bernd Loidl, afirmou que Klindemann estava de aproximando do terceiro portão do circuito que estava percorrendo quando o acidente ocorreu. "Kindlemann bateu na água com as asas e a traseira do avião primeiro", disse.
Lógo após receber a notícia que iria participar do evento há menos de um mês, o paulista de 36 anos, radicado em Curitiba há 19, foi confirmado como o primeiro brasileiro a disputar o Red Bull Air Race – único campeonato mundial de corrida de aviões reconhecido pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), espécie de “Fórmula 1 dos ares”. Desde que recebeu a notícia, Kindlemann viu seu ritmo de vida ganhar velocidade proporcional à que atinge em seus voos. Tudo tão rápido que mal teve tempo de comemorar.Em dezembro, deixou Curitiba às pressas. Está em Wilkesboro, interior da Carolina do Norte (EUA), onde prepara seu MXS-R (um dos modelos mais modernos de aviões de corrida do mundo, bastante leve e de alta potência) para a oitava temporada da competição, com início previsto para março. “Comecei a me preparar no final de 2006. É um projeto que se concretiza. Começo ter a dimensão do que isso significa. Passo dias trabalhando no avião. Intercalo com entrevistas à imprensa, algo novo para mim”, conta. Ele falou com a reportagem da Gazeta do Povo às 22 h do fuso horário da Carolina do Norte (2 h na madrugada brasileira de ontem).
O garoto que por volta dos seis anos fez em madeira um de seus pequenos aviões de brinquedo hoje espera mostrar suas acrobacias em céu brasileiro. “Tomara que o Rio de Janeiro receba o campeonato este ano. Se em 2007 um milhão de pessoas assistiu, imagina agora, com um brasileiro entre os competidores?”, fala.Até chegar à lista dos 15 pilotos selecionados, foram três anos de preparação intensa. Em 2007, fez o show acrobático que abriu a etapa brasileira do Air Race. No mesmo ano, inscreveu-se para o Red Bull Air Race Camp, curso preparatório do campeonato criado e patrocinado pela fabricante de bebida energética.
Durante quase dois anos, revezou-se entre a carreira de piloto comercial – tem mais de 11 mil horas de voo – e o treinamento para as corridas, em vários países europeus. Em outubro de 2009, participou da edição classificatória para o campeonato, em Casarrubios (Espanha). Lá, ele e o theco Martin Sonka destacaram-se e ganharam a superlicença, documento exigido para participar das corridas. “É como o piloto de F1 que recebe a autorização para correr. Foi uma sensação de missão cumprida”, conta.
Foi a paixão por voar – “acho que já nasci com isso”, diz – que fez com que deixasse a cidade de Registro (SP) para trabalhar de mecânico no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, aos 17 anos.
“Uns amigos ligados à aviação da cidade me convidaram, conseguiram esse trabalho e que eu fizesse o curso do Aeroclube do Paraná”. Entre ferramentas e peças de aviões, fez o curso de pilotagem e, mais que voar, começou a arriscar manobras mais arrojadas. Ainda recorda do prazer do primeiro voo, em 1989. “Um primo me deu um voo no Aeroclube de São Paulo. Inesquecível”, resume.
Com a equipe formada por ele, uma coordenadora de equipe brasileira e um mecânico norte-americano, custos bancados pela Red Bull Air Race, Kidlemann espera fazer um bom ano de estreia, mas sem exigir resultados. “Há pilotos muito bons, com três, quatro anos de experiência na prova. Tenho de ser realista e saber que tenho muito a aprender e me preparar para 2011”, diz.
O esporte
Prova com “dribles” a obstáculos
Air Race, literalmente, “corrida no ar”. Criado e patrocinado pela fabricante de bebidas energéticas Red Bull, o campeonato de aviões começou em 2003, em duas etapas, com seis competidores na Áustria e apenas três na Hungria.
Os melhores pilotos do mundo são desafiados a mostrar que são os mais velozes, precisos e hábeis nas manobras aéreas. Vence quem realiza em menor tempo – e com menos faltas – as duas voltas no circuito composto por cinco grupos de obstáculos montados com “air gates” – pilões infláveis que demarcam o traçado. Violações nas regras, como voar muito baixo, tocar nos air gates ou desviar do curso, resultam em perda de tempo ou desclassificação.
Os brasileiros acompanharam de perto o Red Bull Air Race em 2007, quando o Rio de Janeiro recebeu a segunda etapa da competição. Um milhão de pessoas assistiu na Enseada de Botafogo, com vista à Baía de Guanabara, as manobras surpreendentes de 14 concorrentes. Este ano, serão 15 pilotos em busca do título da oitava edição.
A Cidade Maravilhosa pode voltar ao calendário do evento este ano: as negociações estão em andamento. Abu Dhabi, Londres, Barcelona, San Diego e Lisboa são sedes já confirmadas.
O atual sistema de classificação vigora desde 2007: os treinos classificam os 12 melhores pilotos, que seguem para a primeira eliminatória. Destes, oito classificam-se às quartas de final e apenas quatro seguem às semifinais. Dois pilotos disputam a última bateria, que vale o título da etapa. O campeonato é decidido pela soma dos pontos conquistados em cada evento
Fonte: Adriana Brum (Gazeta do Povo) - Foto: Divulgação/Red Bull
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João Doria Jr. assume 'O Aprendiz' e promete ser sutil
AE - Agência Estado
Sob novo comando, estreia hoje a sétima temporada de "O Aprendiz", da Record. Com a ida de Roberto Justus para o SBT no ano passado, o empresário e apresentador João Doria Jr., 52 anos, assume o programa, que irá ao ar às terças e quintas-feiras, às 23h. Pela segunda vez consecutiva, 16 estudantes universitários irão brigar pelo prêmio de R$ 1 milhão. O vencedor conquista, ainda, um emprego no Grupo Doria Associados, com salário mensal de R$ 10 mil. Apontado pela emissora como o maior Aprendiz produzido até agora, a expectativa é de que o faturamento do programa chegue a R$ 110 milhões, ou seja, R$ 22 milhões acima da edição anterior, que faturou R$ 88 milhões.
Dos 125 mil inscritos de todo o Brasil - outro recorde da atração -, foram escolhidos oito homens e oito mulheres (de sete Estados), com idades entre 18 e 27 anos. Confinados desde janeiro, no hotel Sheraton São Paulo, os participantes são estudantes de diferentes áreas, como Engenharia Química, Administração, Engenharia Elétrica, Direito, Engenharia e Jornalismo. A cada semana, um deles deixará o programa, que tem final prevista para 8 de junho.
Além do apresentador, o quadro de conselheiros da atração também foi renovado. Ao lado de Doria Jr., a empresária do ramo de cosméticos Cristiana Arcangeli, 45 anos, e o executivo e ex-presidente da TAM David Barioni, 52, serão responsáveis por avaliar o desempenho dos jovens. Para Doria Jr., a participação mais efetiva dos conselheiros é um dos diferenciais da sua liderança. "Eles não serão figuras estáticas, como eram. Meus conselheiros vão coapresentar o programa. Não teremos acessórios. Somos um time".
Uma das dúvidas que rondava a nova temporada já foi desfeita. Doria Jr. manteve a famosa frase ''Você está demitido'', cunhada pelo megaempresário americano Donald Trump, no programa original "The Apprentice", que inspirou a criação de "O Aprendiz", e também utilizada por Justus quando comandava a atração. Mas o apresentador diz que vai dar um toque pessoal à demissão. "É possível falar tudo com firmeza, mas sem perder a doçura", afirma.
José Amáncio, diretor do programa, vê ganhos com a vinda de João Doria Jr.. "Ele é um professor da mais alta competência", diz. Walter Zagari, vice-presidente comercial da Record, comemora. "Foram vendidas as quatro cotas de patrocínio. Já estamos 10% acima do que faturou o programa do ano passado e esperamos bons índices de audiência". E a Record já acertou a edição do Aprendiz 2011. As informações são do Jornal da Tarde.
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Dilma e Serra reforçam ofensiva em programas populares
AE - Agência Estado
Dois meses antes de formalizar as candidaturas nas convenções partidárias, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) lançaram-se em uma agenda de viagens e entrevistas digna de quem está em plena campanha. Programas de TV populares e rádios regionais são os meios preferidos para atingir o eleitorado.
Empenhada em vestir o figurino da simpatia desde que deixou o governo, Dilma fará incursões pela televisão nos próximos dias. Na agenda da petista constam entrevistas ao Programa do Ratinho, no SBT, e ao Brasil Urgente, comandado por José Luiz Datena, na Rede Bandeirantes. O PT tenta acertar com Datena uma superprodução, na qual Dilma deve entrar em um helicóptero para sobrevoar São Paulo, a maior cidade do País, justamente onde seu desempenho ainda está aquém das expectativas, segundo as pesquisas.
Foi no programa de Datena que Serra - então governador de São Paulo e hoje pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto - admitiu pela primeira vez sua entrada no páreo para concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serra percorre desde segunda-feira um circuito de emissoras de rádio, a começar por Jovem Pan e Bandnews, em São Paulo. Na terça, falou à Rádio Sociedade, em Salvador, e à Rádio Jornal, do Recife. Ontem, deu entrevistas às rádios Arapuã e Paraíba Sat, ambas em João Pessoa, e participou do programa Debate com Paulo Lopes, na paulista Capital AM. À noite, deu mais uma entrevista, à Rádio Metrópole, de Salvador.
"Esse modelo vai se repetir bastante durante a campanha", admite o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos articuladores da campanha no Nordeste. Como governador, o tucano já vinha investindo no público de baixa renda, participando dos programas de auditório mais populares da TV brasileira, entre os quais os das apresentadoras Hebe Camargo e Luciana Gimenez, além do principal concorrente de Datena, Ratinho.
Dilma também tem dado entrevistas às rádios locais por onde passa. Neste mês, falou à Itatiaia, de Belo Horizonte, e à Verdes Mares, de Fortaleza, além da Jovem Pan e da Capital, em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.