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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Zabé da Loca é indicada para o Prêmio da Música Brasileira


A artista tocadora de pífanos, Zabé da Loca, do assentamento da reforma agrária Santa Catarina, em Monteiro (PB), foi selecionada na categoria Revelação do Prêmio da Música Brasileira, edição 2009, ao lado de nomes consagrados no cenário musical nacional como Zé Ramalho, Chico César, Zeca Pagodinho e Renata Arruda. O prêmio, que nesta 20ª edição homenageia Clara Nunes, será entregue no dia 1º de julho na casa de shows Canecão, no Rio de Janeiro.

Zabé da Loca, 85 anos, é natural de Buíque, Pernambuco. Viveu durante 25 anos numa loca (gruta de pedra) no município paraibano de Monteiro, onde criou os filhos. Zabé da Loca conheceu a musicalidade ainda muito cedo, aos sete anos de idade, mas teve seu talento reconhecido somente em 2003, quando foi descoberta pela equipe do Programa Arca das Letras, da Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) durante a implantação da biblioteca rural nas áreas do Projeto Dom Hélder Câmara, no Cariri Paraibano.

O reconhecimento do seu talento lhe rendeu o CD Zabé da Loca, produzido pela Fundação Quinteto Violado, com patrocínio do Projeto Dom Hélder Câmara, dentro da série Cantos do Semiárido, que também identificou outros artistas do meio rural e produziu outros CDs como o do Grupo de Coco Negros e Negras do Leitão, de Pernambuco. O CD de Zabé da Loca foi gravado em estúdio móvel no assentamento, com a participação de amigos tocadores. Nele, o grupo executa Asa Branca, de Luiz Gonzaga, e composições próprias como Balão, Araçá Cadê Mamãe e Fulô de Mamoeiro.


Zabé e seu grupo se apresentaram na comunidade quilombola do Leitão da Carapuça, em Afogados da Ingazeira, Pernambuco, em dezembro de 2003, durante o lançamento nacional do Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras. A apresentação foi assistida pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, e outras autoridades federais e estaduais, além de artistas do Nordeste. A partir de então, sua carreira tomou rumo e atualmente ela é uma artista reconhecida nacional e internacionalmente, apresentando-se em palcos do circuito cult do eixo Rio-São Paulo e da região Nordeste do Brasil.

A partir de 2004, recebeu um convite da produtora carioca Lu Araújo, da Lumearte, que detém o selo musical Crioula Records, para acompanhar Carlos Malta em apresentações no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, dentro do projeto Da Idade do Mundo".

Em junho do mesmo ano, sua apresentação com Hermeto Paschoal, no Fórum Mundial de Cultura, ocorrido em São Paulo, mereceu atenção especial de participantes estrangeiros. Logo em seguida, apresentou-se também no Teatro Sérgio Porto, no Rio de Janeiro.

Em 2008, gravou o CD Bom todo, pela Crioula Records, produzido por Carlos Malta e Lu Araújo. O trabalho exibe faixas em que Zabé comprova sua consistência como instrumentista, através do virtuosismo com que executa seu pífe (pífano) em peças como Balaio de onça, de Carlos Malta; o xote Sala de reboco, de Luiz Gonzaga; a ciranda Sai de Casa; o coco Limoeiro; o baião Caboré, de sua autoria; além de Queima e Vai Minininho, parceria com Beiçola, músico de mãos tortas, falecido em 2006, e com quem Zabé interpreta os clarins marciais do Hino Nacional Brasileiro.

O CD foi lançado em junho passado num espetáculo no SESC Pompéia. Ainda em 2008, Zabé da Loca também foi agraciada com a Ordem Mérito Cultural, do Governo Federal. No mesmo ano, apresentou-se num show no Planetário da Gávea (RJ), dentro da série Música nas Estrelas, tocando juntamente com seu produtor, Carlos Malta.


Fonte:Ministério de Desenvolvimento Agrário

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